A franquia Guitar Hero, lançada em 2005, ainda não perdeu o seu fôlego e continua liderando a lista das melhores séries de games musicais da atualidade. É claro que perde em alguns quesitos para alguns títulos, como o clássico Rock Band, que em sua segunda versão trouxe o inédito recurso onde o jogador pode importar músicas do primeiro. Mas não estamos aqui para falar dele, né?
Guitar Hero 5 continua viciante, sem novidades extraordinárias, por sinal, mas com um visual limpo e uma jogabilidade que favorece os novatos. É claro que, como a cada versão da série que é lançada, o novo título promete ser o melhor da franquia. Com novas funções, melhor qualidade gráfica e muita música boa, Guitar Hero 5 foi uma grande jogada da Neversoft e Activision.
Por falar em músicas, o setlist do game está repleto de sucessos. Desde clássicos como “Plug in Baby”, de “Muse”, até a outras não tão conhecidas, como “Wolf Like Me”, da banda “TV On The Radio”. A variação de gêneros é impressionante, e fica fácil ver grandes rocks do passado ou músicas contemporâneas. Afinal, são 85! Algumas são interessantes, mas essa grande gama de sucessos faz com que algumas pareçam enjoativas. Aliás, agora você não terá que desbloqueá-las, todas já estão liberadas para você jogar. Não que seja menos interessante ter todas as trilhas desbloqueadas. Como era antes, as estrelas mostram como foi o seu desempenho em certa música. Mas há um diferencial: agora você pode ganhar até seis estrelas. Isso mesmo, cumprindo certos objetivos dentro da música você pode ser classificado em até 6 estrelas, e é claro que isso vai lhe garantir novos diferenciais.
Quanto aos gráficos, Guitar Hero 5 se sai muito bem. O título traz visuais mais limpos. O menu foi totalmente reformulado, dando lugar a poucos elementos com exibições musicais ao fundo. O jogo não traz aquele aspecto “sujo”, como outros da série, e sim uma simplicidade que o torna especial. As funções agora são acessadas facilmente, sem ter que ficar naquela procura incessante. Para você que chamava a sua família para jogar uma música, agora pode deixá-los mergulhar no game sem dar aquela ajuda.
Os novos personagens, como Kurt Cobain, do Nirvana, Matthew Bellamy do Muse, Shirley Manson do Garbage e Carlos Santana chegaram com tudo ao Guitar Hero 5. Alguns foram mal modelados, como o nosso querido Kurt. Definitivamente não parece muito com o original. Shirley Manson e Carlos Santana estão perfeitos, e o Bellamy também não se sai mal. Os movimentos e a fala dos músicos foram muito bem trabalhados. O palco possui câmeras interessantes, que tem aspectos que fazem elas se parecerem com as da vida real, com detalhes pequenos, como tomadas. O jogo possui efeitos especiais diversos, como desfoques e depth of fields em locais específicos que dão um maior ar de realidade ao show.
Uma das inovações de Guitar Hero 5 é o modo Party Play. Os jogadores podem formar uma banda e escolher o instrumento que quiserem. As combinações podem ser das mais variadas, como duas guitarras e duas baterias, um vocal e três guitarras, três baterias e uma guitarra e etc. O jogador pode também entrar e/ou sair da partida quando quiser, escolhendo no ato o seu instrumento e nível de dificuldade.
O modo multiplayer é mais um dos pontos fortes do título. O jogador pode escolher entre várias opções de jogo, como o “Momentum”, onde a dificuldade vai aumentando ou abaixando dependendo do seu desempenho, o “Streakers”, onde os jogadores só ganham pontos fazendo combos de 10 ou mais notas, e o “Do or die”, onde o jogador perde o desafio apenas errando poucas notas.
Você também pode criar suas músicas e compartilhá-las com todo o mundo, além de poder também baixar músicas feitas por outros jogadores, por meio do GHTunes, novidade já presente no World Tour. O limite é de 50 músicas, sendo 10 minutos para cada uma. Um avanço notável, vendo que o WT permitia apenas 5 músicas e 3 minutos para cada uma.
Mas o jogo peca em alguns quesitos. Se você, por exemplo, escolhe um personagem masculino para cantar uma música onde a vocalista é mulher, quem canta é quem você escolheu. Imagina! Um cara vestido de preto, com aquele visual black metal e com aparência de homem, cantando como mulher e fazendo poses como tal. Que coisa gay, cara! Aliás, que coisa ridícula de se pensar. Nada contra, viu?
Outro contra do game é a facilidade. O jogo está muito mais fácil do que os outros da série. O hard parece o normal, o expert o hard, e assim consecutivamente. Assim fica bem mais fácil terminar o jogo rapidamente.
Guitar Hero 5 traz mais novidades. Você pode jogar com os seus avatares do Xbox Live, podendo montar uma banda com os seus amigos ou arrasar com outros astros do rock. Você pode também importar músicas de outros games da série Guitar Hero, assim como era possível fazer em Rock Band 2. O jogador pode “salvar” um amigo no meio da música, por meio de um especial, o que não era possível em seus antecessores.
No geral, o título é cheio de recursos, mas não é perfeito. Alguns pequenos problemas, como a extrema facilidade e situações sem lógica, como a possibilidade de um homem cantar uma música em que a vocalista é mulher. As mudanças foram poucas, mas os pequenos ajustes tornaram o game uma ótima pedida. Os gráficos e a variedade de músicas são os pontos fortes de Guitar Hero 5, que chegou mais limpo e mais simples para se mexer. Parece que 2009 é o ano da série, que já teve três jogos lançados desde o começo. Perde em alguns quesitos para Rock Band, como dito anteriormente, mas pode ser classificado como um dos melhores da série.
Jogabilidade: 9.0/10
Gráficos: 9.0/10
Som: 9.0/10
Diversão: 10.0/10
Gráficos: 9.0/10
Som: 9.0/10
Diversão: 10.0/10
Análise geral: 9.0/10.
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